No próximo dia 22, segunda-feira, às 18h, o Nucleo de Saúde Mental da Pró-reitoria de Desenvolvimento e Assistência Estudantil (NuSM/Prodae) da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) promove a live “Cultura, Colaboração e Cuidado: a Importância das Campanhas de Prevenção ao Suicídio nas Universidades”. O evento online será transmitido pelo canal oficial da Unipampa no YouTube. A iniciativa integra a Campanha Setembro Amarelo – Valorização da Vida. A mediação ficará a cargo de Juliana Lima Moreira Rhoden, psicóloga, docente da Unipampa e chefe do Núcleo de Saúde Mental (NuSM) da Prodae.

O encontro será um espaço dedicado à reflexão sobre a prevenção do suicídio, destacando a importância de discutir o tema para reduzir estigmas, ampliar o acesso à informação e fortalecer redes de apoio. A proposta é oferecer suporte tanto à comunidade universitária quanto ao público externo, incentivando o reconhecimento de sinais de alerta, a busca por ajuda profissional e a construção de uma cultura de cuidado coletivo. A conscientização, nesse contexto, é fundamental: promove acolhimento, favorece a compreensão e reafirma que todas as pessoas encontram apoio e pertencimento diante dos desafios emocionais.

O convidado para palestrar é Rômulo Tondo, jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e doutor em Comunicação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Suas pesquisas se concentram na interface entre Comunicação e Saúde, com destaque para a circulação de informações sobre saúde mental entre jovens.

Tondo é autor da tese premiada “Recepção de campanhas de prevenção ao suicídio entre jovens universitários”, reconhecida com o Prêmio Intercom de Pesquisa em Comunicação (2024) e menção honrosa no Prêmio COMPÓS (2024). Integra ainda o Projeto VerdadeiraMente (UFSM), iniciativa multidisciplinar voltada à prevenção e ao combate à desinformação em saúde mental. Atualmente, atua como jornalista no IFFar. 

A live integra as ações do Programa de Saúde Mental Sustentável para Estudantes da Unipampa, instituído pela Portaria nº 1062, de 18 de julho de 2025. A  promoção é do Núcleo de Saúde Mental (NuSM/PRODAE), em parceria com os demais Núcleos da PRODAE. 

Campanha Setembro Amarelo e a sua importância para a prevenção do suicídio.

 A campanha Setembro Amarelo foi instituída no Brasil no final de 2014, por meio de uma parceria entre a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Centro de Valorização da Vida (CVV). Desde então, o mês de setembro se tornou referência nacional para ações educativas e de conscientização voltadas à prevenção do suicídio, com o dia 10 marcado como Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A iniciativa busca dar visibilidade a um tema frequentemente silenciado, promovendo o diálogo e combatendo os estigmas que cercam a saúde mental. No contexto universitário, sua relevância é ainda maior: jovens em formação acadêmica estão expostos a múltiplas pressões emocionais, sociais e profissionais, o que torna essencial a existência de espaços de acolhimento e informação. 

Mais do que ampliar a campanha de visibilidade, o Setembro Amarelo cumpre papel estratégico na quebra de tabus e no fortalecimento das redes de apoio. No meio universitário a sua relevância é reforçada pelas pesquisas acadêmicas. O jornalista e pesquisador Rômulo Tondo, convidado especial da palestra, aponta em seu estudo publicado na Revista Matrizes (2024), da Universidade de São Paulo, que as campanhas ainda têm pouca repercussão entre os jovens universitários, e muita vezes acabam priorizando mensagens genéricas de promoção da saúde mental em vez de abordar diretamente a prevenção ao suicidio. Para ele, essa abordagem reforça silêncios e deixa de cumprir a função essencial de informar sobre meios de ajuda em situações de risco iminente. 

É justamente nesse contexto que se insere a palestra promovida pelo Núcleo de Saúde Mental (NuSM/Prodae), em parceria com os demais Núcleos da Prodae. O encontro busca estimular o diálogo aberto, reduzir estigmas e incentivar a busca por ajuda profissional, reafirmando o compromisso da universidade como espaço de acolhimento e de construção de uma cultura de cuidado. 

Onde buscar ajuda

Em situações de sofrimento emocional, automutilação ou risco de suicidio, é fundamental buscar ajuda em redes de apoio disponíveis dentro da universidade e fora. Esses canais têm como objetivo oferecer orientação qualificada, acolhimento e encaminhamento adequado:

O Centro de Valorização da Vida(CVV) tem atendimento gratuito e sigiloso, que pode ser acessado pelo site ou pelo telefone 188, com  funcionamento 24 horas por dia. 

O Sistema Único de Saúde (SUS), nas equipes no Estratégia de Saúde da Família (ESF), a pessoa pode pedir ajuda. Procure o posto mais perto da sua região. 

Dentro da universidade, a Unipampa conta com o suporte do Núcleo de Saúde Mental (NuSM/Prodae) e canais de acolhimento como o Núcleo de Desenvolvimento Educacional (NuDE), o Diálogos Digitais. No Campus São Borja, há o Projeto Saúde Mental Unipampa, que pode ser acessado pelo perfil no instagram @projetosaudementalunipampa. 

Com informações de Jonatan Mancias Soares