O português claro dos dois novos bolsistas norte-americanos do programa Fulbright que atuarão em 2016 na Universidade Federal do Pampa (Unipampa) chega a enganar quem não sabe que são recém-chegados ao Brasil, mas mostra muito do entusiasmo de ambos em conhecer o país intimamente, viver a cultura, conhecer pessoas e sua língua. Chris Chu e Jen DiLallo chegaram em fevereiro em Bagé e reforçarão ao longo do ano o Centro Idiomas sem Fronteiras da Universidade como English Teaching Assistants (ETA), ou seja, professores de inglês, do programa.

Eles estão à frente do clube de conversação, the new English Conversation club do Campus Bagé, que se reúne às segundas-feiras, das 17h30 às 18h30 (para inciantes) e às quartas-feiras, das 17h30 às 18h30 (para experientes). O clube é aberto à comunidade acadêmica e à comunidade em geral. Além das atividades na cidade em que moram, os intercambistas viajarão aos diferentes campi da Unipampa para realizar palestras e workshops sobre língua, cultura e política, por exemplo.

Chirs é de Baton Rouge, no estado da Louisiana, e é recém-graduado da Rice University in Houston, Texas, onde estudou Química e Medicina do Esporte. Jen é de Saint Louis, no Missouri, e estudou distúrbios da fala e da linguagem e Linguística do Espanhol na Universidade do Arizona,e  tem especial interesse pelo contexto bilíngue da região de fronteira.

Com o intuito de internacionalizar, os ETAs são responsáveis por pensarem aulas de inglês para a comunidade acadêmica que tenham relevância para várias áreas como leitura de textos acadêmicos e apresentações em inglês.

O Fulbright na Unipampa

O intercâmbio é uma parceria entre Fulbright (a mais prestigiada bolsa norte-americana que tem Bill Clinton com um dos bolsistas notáveis) e a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior). Há 3 anos o programa IsF conta com os bolsistas norte-americanos que vêm ao Brasil com intuito de promoverem a língua inglesa na academia.

Uma das metas do governo brasileiro é internacionalizar as universidades brasileiras para que elas sejam mais competitivas no contexto mundial e para que os conhecimentos produzidos no Brasil circulem pelo mundo. Conforme destaca a coordenadora do IsF na Unipampa, professora Kátia Morais, uma maneira de incentivar isso é promover o ensino de línguas nas universidades e fazer com que nossos alunos tenham a oportunidade de interagir com estrangeiros, suas visões de mundo e seus costumes. “Uma das línguas importantes para divulgar nosso conhecimento é o inglês que falantes de várias outras línguas adotam como língua adicional e de divulgação de conhecimento”, comenta.

Colaborou Kátia Morais/Unipampa